Gabriel Perline
Ao contrário do que muitas mulheres pregam ao terminarem seus relacionamentos ou até mesmo ao fazerem críticas de seus companheiros a uma amiga, os homens também sofrem por amor. Na comédia romântica Amor a Toda Prova, que estreou na sexta-feira (26) nos cinemas, a figura masculina é retratada de forma convencional: acomodada numa relação que nasceu na adolescência e se estende a 25 anos de matrimônio, falta de vaidade e interrupção da arte da conquista, muito praticada enquanto a paixão permanece viva nos primeiros meses de relacionamento.
O quarentão quadradão Cal Weaver (Steve Carell), que acredita ter uma vida perfeita por ter um bom emprego, casa grande, filhos inteligentes e estar casado com o amor de sua adolescência, vê seu castelo de areia desmoronar ao sugerir dividir uma sobremesa com sua mulher, Emily (Julianne Moore), em um restaurante e ter como resposta um pedido de divórcio, seguido da pior das justificativas que um homem pode receber: ela transou com um colega de trabalho por se sentir sufocada no relacionamento, que perdeu o brilho da juventude e se mantém morno junto à crise de meia-idade.
O anúncio da separação aos filhos revela o amor oprimido da babá Jéssica (Analeigh Tipton), de 17 anos, pelo patrão. A adolescente, por sua vez, é a fonte de inspiração declarada de Robbie (Jonah Bobo), filho de 13 anos de Cal.
A perda de Emily, sua primeira namorada e única mulher com quem havia transado em toda a vida, faz o quarentão redescobrir sua masculinidade e se aventurar no jogo da sedução, como uma espécie de tentativa de vingar a "dignidade" perdida nos meios usados pela ex em buscar "novidades" diante de sua crise conjugal.
Após ser rechaçado por algumas mulheres, ele terá a ajuda de Jacob (Ryan Gosling), uma espécie de guru da conquista, que utiliza de métodos narcísicos e rasos, porém infalíveis, para levar para sua cama qualquer mulher que eleja. Sua técnica, sempre repetitiva e assertiva, somada a um banho de lojas e mudança no visual, é logo aprendida por Cal, que se torna um canalha de primeira.
Após algumas aventuras sexuais, ele se dará conta de que sua vida não faz sentido sem Emily, que mesmo tendo abandonado o marido, ainda sonha em tê-lo de volta. Já o tal guru, acaba se deixando apaixonar pela encantadora Hannah (Emma Stone), que o faz perceber, de forma bastante engraçada, o quão fútil e vazia é sua vida. É neste momento que o garanhão abandonará o posto e buscará se aventurar em um universo antes desconhecido: o do amor.
Embora o filme tenha como foco central o casal Cal e Emily, as histórias paralelas complementam e se destacam na narrativa. O amor não correspondido do pequeno Robbie pela babá, que passa algumas vergonhas na escola com as demonstrações de carinho do adolescente, mostra onde está o amor puro e inconsequente, típico dos jovens que não sabem do tamanho do problema que podem enfrentar ao se aventurar no jogo do amor.
A atrapalhada Jéssica, um dos grandes destaques do filme, que está se descobrindo como mulher na fase adolescente, se deixa levar pelo desejo de conquistar o patrão e toma uma decisão bastante abusada, que marca sua transição de menina para mulher, mas que lhe custará caro ao ser descoberta por seus pais censores.
O entrelaçamento dos personagens nesta comédia romântica, aliado ao comportamento politicamente incorreto de alguns personagens e às referências sexuais, faz de Amor a Toda Prova ser um filme que não foge aos clichês do gênero, mas que se destaca pelo roteiro bem elaborado e por se tratar de um universo totalmente possível dentro da realidade. Além disso, mostra que os homens são experts na arte da conquista, mas que estão sempre despreparados para lidar com o amor, fazendo perder um precioso tempo de suas vidas em busca dos reparos dos desastres que cometeram durante a alienação conjugal.
Fonte: Cinema - Terra
Ao contrário do que muitas mulheres pregam ao terminarem seus relacionamentos ou até mesmo ao fazerem críticas de seus companheiros a uma amiga, os homens também sofrem por amor. Na comédia romântica Amor a Toda Prova, que estreou na sexta-feira (26) nos cinemas, a figura masculina é retratada de forma convencional: acomodada numa relação que nasceu na adolescência e se estende a 25 anos de matrimônio, falta de vaidade e interrupção da arte da conquista, muito praticada enquanto a paixão permanece viva nos primeiros meses de relacionamento.
O quarentão quadradão Cal Weaver (Steve Carell), que acredita ter uma vida perfeita por ter um bom emprego, casa grande, filhos inteligentes e estar casado com o amor de sua adolescência, vê seu castelo de areia desmoronar ao sugerir dividir uma sobremesa com sua mulher, Emily (Julianne Moore), em um restaurante e ter como resposta um pedido de divórcio, seguido da pior das justificativas que um homem pode receber: ela transou com um colega de trabalho por se sentir sufocada no relacionamento, que perdeu o brilho da juventude e se mantém morno junto à crise de meia-idade.
O anúncio da separação aos filhos revela o amor oprimido da babá Jéssica (Analeigh Tipton), de 17 anos, pelo patrão. A adolescente, por sua vez, é a fonte de inspiração declarada de Robbie (Jonah Bobo), filho de 13 anos de Cal.
A perda de Emily, sua primeira namorada e única mulher com quem havia transado em toda a vida, faz o quarentão redescobrir sua masculinidade e se aventurar no jogo da sedução, como uma espécie de tentativa de vingar a "dignidade" perdida nos meios usados pela ex em buscar "novidades" diante de sua crise conjugal.
Após ser rechaçado por algumas mulheres, ele terá a ajuda de Jacob (Ryan Gosling), uma espécie de guru da conquista, que utiliza de métodos narcísicos e rasos, porém infalíveis, para levar para sua cama qualquer mulher que eleja. Sua técnica, sempre repetitiva e assertiva, somada a um banho de lojas e mudança no visual, é logo aprendida por Cal, que se torna um canalha de primeira.
Após algumas aventuras sexuais, ele se dará conta de que sua vida não faz sentido sem Emily, que mesmo tendo abandonado o marido, ainda sonha em tê-lo de volta. Já o tal guru, acaba se deixando apaixonar pela encantadora Hannah (Emma Stone), que o faz perceber, de forma bastante engraçada, o quão fútil e vazia é sua vida. É neste momento que o garanhão abandonará o posto e buscará se aventurar em um universo antes desconhecido: o do amor.
Embora o filme tenha como foco central o casal Cal e Emily, as histórias paralelas complementam e se destacam na narrativa. O amor não correspondido do pequeno Robbie pela babá, que passa algumas vergonhas na escola com as demonstrações de carinho do adolescente, mostra onde está o amor puro e inconsequente, típico dos jovens que não sabem do tamanho do problema que podem enfrentar ao se aventurar no jogo do amor.
A atrapalhada Jéssica, um dos grandes destaques do filme, que está se descobrindo como mulher na fase adolescente, se deixa levar pelo desejo de conquistar o patrão e toma uma decisão bastante abusada, que marca sua transição de menina para mulher, mas que lhe custará caro ao ser descoberta por seus pais censores.
O entrelaçamento dos personagens nesta comédia romântica, aliado ao comportamento politicamente incorreto de alguns personagens e às referências sexuais, faz de Amor a Toda Prova ser um filme que não foge aos clichês do gênero, mas que se destaca pelo roteiro bem elaborado e por se tratar de um universo totalmente possível dentro da realidade. Além disso, mostra que os homens são experts na arte da conquista, mas que estão sempre despreparados para lidar com o amor, fazendo perder um precioso tempo de suas vidas em busca dos reparos dos desastres que cometeram durante a alienação conjugal.
Fonte: Cinema - Terra
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