Estreia dia 6 de agosto no Brasil o enigmático filme “A Origem”
Sucesso de bilheteria combinado com aclamação da crítica é uma conjunção cada vez mais rara em Hollywood, ainda mais no período de férias de verão nos Estados Unidos, época em que os grandes estúdios esperam reforçar o caixa. Exatos dois anos depois de Batman – Cavaleiro das Trevas, Christopher Nolan repete o feito. A Origem, novo filme do diretor inglês, estreou no final de semana passada liderando o ranking da arrecadação e com ótima recepção de alguns dos mais renomados críticos americanos. O longa entra em cartaz no Brasil no dia 6 de agosto.
Em uma temporada que costuma ter foco nas plateias infanto-juvenis e na qual, a demonstrar o interesse cada vez menor dos grandes estúdios em correr riscos, as salas estão ocupadas por franquias de sucesso (Toy Story, Shrek e Eclipse, além dos reciclados Karate Kid e Predadores), ter um filme como A Origem no centro das atenções é, para os cinéfilos, sinal de quem nem tudo está perdido.
O respaldo obtido com os dois filmes do Homem-Morcego – US$ 372,7 milhões o primeiro, Batman Begins (2005), e US$ 1 bilhão o segundo, apenas nos cinemas – permitiram a Nolan retomar um antigo projeto, que dialoga com o cultuado filme que o revelou: Amnésia (2000). O resultado é A Origem, ficção científica estrelada por Leonardo DiCaprio com um enredo que poucos se arriscam a explicá-lo exatamente.
Pela sinopse, parece simples. DiCaprio interpreta Dom Cobb, talentoso ladrão especialista em roubar segredos valiosos do subconsciente das pessoas enquanto elas sonham. Essa habilidade o fez ser um agente disputado no mundo da espionagem corporativa e também um fugitivo internacional. Cobb está em busca de um último trabalho, o mais arriscado. Mas o que se vê na tela grande é algo muito mais estimulante.
Os que ficam embasbacados diante de A Origem falam de um experiência sensorial cada vez mais rara no cinema e da aproximação que o filme faz com a psicanálise, no sentido de tentar traduzir, na narrativa e no conceito visual, o que se passa com a mente humana durante um sonho. Seria como a combinação de uma bem arquitetada trama de espionagem com um delírio surrealista, o encontro do blockbuster com o mais hermético filme autoral – Nolan tem dito que A Origem foi influenciado por obras como O Ano Passado em Marienbad (1961), de Alain Resnais, o mais enigmático, cultuado e rejeitado filme-ensaio da história do cinema.
– Há cerca de 10 anos, fiquei fascinado com o universo dos sonhos – diz Nolan. – Sempre considerei um paradoxo interessante que tudo dentro de um sonho, as coisas assustadoras, felizes ou fantásticas, seja produzido por nossa mente. Comecei a pensar como isso poderia ser aplicado a um filme de ação.
Nolan, que além dirigir e escrever também produz A Origem, com um orçamento de US$ 160 milhões – quase metade já recuperada no primeiro fim de semana –, complementa:
– No fundo, o filme aposta na teoria de que uma ideia é, de fato, o parasita mais resistente e poderoso. Um traço dessa ideia sempre estará presente em sua mente, em algum lugar. A ideia de que alguém pode ser capaz de invadir o espaço do seu sonho e roubar sua ideia, independentemente do quão privada ela possa ser, é muito atraente.
Notícia publicada hoje (21/07) no site Zero Hora.
Sucesso de bilheteria combinado com aclamação da crítica é uma conjunção cada vez mais rara em Hollywood, ainda mais no período de férias de verão nos Estados Unidos, época em que os grandes estúdios esperam reforçar o caixa. Exatos dois anos depois de Batman – Cavaleiro das Trevas, Christopher Nolan repete o feito. A Origem, novo filme do diretor inglês, estreou no final de semana passada liderando o ranking da arrecadação e com ótima recepção de alguns dos mais renomados críticos americanos. O longa entra em cartaz no Brasil no dia 6 de agosto.
Em uma temporada que costuma ter foco nas plateias infanto-juvenis e na qual, a demonstrar o interesse cada vez menor dos grandes estúdios em correr riscos, as salas estão ocupadas por franquias de sucesso (Toy Story, Shrek e Eclipse, além dos reciclados Karate Kid e Predadores), ter um filme como A Origem no centro das atenções é, para os cinéfilos, sinal de quem nem tudo está perdido.
O respaldo obtido com os dois filmes do Homem-Morcego – US$ 372,7 milhões o primeiro, Batman Begins (2005), e US$ 1 bilhão o segundo, apenas nos cinemas – permitiram a Nolan retomar um antigo projeto, que dialoga com o cultuado filme que o revelou: Amnésia (2000). O resultado é A Origem, ficção científica estrelada por Leonardo DiCaprio com um enredo que poucos se arriscam a explicá-lo exatamente.
Pela sinopse, parece simples. DiCaprio interpreta Dom Cobb, talentoso ladrão especialista em roubar segredos valiosos do subconsciente das pessoas enquanto elas sonham. Essa habilidade o fez ser um agente disputado no mundo da espionagem corporativa e também um fugitivo internacional. Cobb está em busca de um último trabalho, o mais arriscado. Mas o que se vê na tela grande é algo muito mais estimulante.
Os que ficam embasbacados diante de A Origem falam de um experiência sensorial cada vez mais rara no cinema e da aproximação que o filme faz com a psicanálise, no sentido de tentar traduzir, na narrativa e no conceito visual, o que se passa com a mente humana durante um sonho. Seria como a combinação de uma bem arquitetada trama de espionagem com um delírio surrealista, o encontro do blockbuster com o mais hermético filme autoral – Nolan tem dito que A Origem foi influenciado por obras como O Ano Passado em Marienbad (1961), de Alain Resnais, o mais enigmático, cultuado e rejeitado filme-ensaio da história do cinema.
– Há cerca de 10 anos, fiquei fascinado com o universo dos sonhos – diz Nolan. – Sempre considerei um paradoxo interessante que tudo dentro de um sonho, as coisas assustadoras, felizes ou fantásticas, seja produzido por nossa mente. Comecei a pensar como isso poderia ser aplicado a um filme de ação.
Nolan, que além dirigir e escrever também produz A Origem, com um orçamento de US$ 160 milhões – quase metade já recuperada no primeiro fim de semana –, complementa:
– No fundo, o filme aposta na teoria de que uma ideia é, de fato, o parasita mais resistente e poderoso. Um traço dessa ideia sempre estará presente em sua mente, em algum lugar. A ideia de que alguém pode ser capaz de invadir o espaço do seu sonho e roubar sua ideia, independentemente do quão privada ela possa ser, é muito atraente.
Notícia publicada hoje (21/07) no site Zero Hora.
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