Lorenzo di Bonaventura fala do novo "G.I. Joe: Retaliação" e de "The Last Stand", filme de Arnold Schwarzenegger com o brasileiro
Marco Tomazzoni, iG São Paulo
Dwayne "The Rock" Johnson em "G.I. Joe 2: Retaliação": trunfo para bilheteria |
Uma das grandes promessas de bilheteria para o verão norte-americano, "G.I. Joe 2: Retaliação" dá sequência à franquia baseada nos bonecos Comandos em Ação. Se o primeiro filme, "G.I. Joe - A Origem de Cobra" (2009), contava com um elenco pouco estrelado, ação descerebrada e trama quase infantil, o novo longa-metragem se apoia em dois trunfos para levar o público ao cinema: Dwayne "The Rock" Johnson e Bruce Willis.
Em entrevista por telefone desde Los Angeles, o produtor Lorenzo di Bonaventura confirmou ao iG as informações de que "G.I. Joe 2" teria cenas de ação mais focadas na realidade. A julgar pelo trecho de 15 minutos que a reportagem assistiu, não dá para se levar isso tão ao pé da letra. Afinal de contas, insetos eletrônicos explosivos e uma moto que se desmonta para dar origem a torpedos não são exatamente triviais.
O ritmo, no entanto, continua acelerado, talvez até mais. Na trama, a tropa especial dos G.I. Joe se vê perseguida e exterminada pela Casa Branca, já que o presidente foi substituído pelo líder da maléfica organização Cobra. Os poucos sobreviventes, entre eles Roadblock (The Rock), tem com única esperança a ajuda do G.I. Joe original, general Joseph Colton (Bruce Willis), que sai da aposentadoria.
Lorenzo di Bonaventura construiu sua carreira em Hollywood como executivo da Warner Bros, mas ao migrar para a Paramount virou mago dos grandes filmes de ação – "Transformers", "G.I. Joe", "Salt", "Red - Aposentados e Perigosos", todos estão sob sua tutela.
Um deles é "The Last Stand", previsto para o início de 2013. Trata-se nada menos do que o retorno de Arnold Schwarzenegger ao cinema depois de sua aventura como governador da Califórnia. De orçamento modesto para os padrões do Exterminador do Futuro (US$ 30 milhões), o filme traz Arnie como o xerife de uma cidade fronteriça que precisa evitar a passagem de um chefão do tráfico de drogas, mesmo com uma equipe inexperiente. O elenco tem nomes como Forest Whitaker e Johnny Knoxville ("Jackass"), mas quem também está na linha de frente é o brasileiro Rodrigo Santoro.
Bonaventura se divertiu ao lembrar de sua passagem por São Paulo há alguns anos ("é uma cidade incrível, não conseguia acreditar no tamanho dela, e nem no tempo que levei para chegar no aeroporto"). Na conversa com o iG, falou de "G.I. Joe: Retaliação", do próximo "Transformers", da volta de Schwarzenegger e foi só elogios a Santoro.
iG: O primeiro filme, "G.I. Joe - A Origem de Cobra", não foi tão bem recebido. Vocês se preocuparam com isso para a sequência?
Lorenzo di Bonaventura: Sim, nos preocupamos. Acho que Stephen Sommers (o diretor de "A Origem do Cobra") fez um belo trabalho, com um tipo de tom e atitude peculiares. Em todos os filmes dele existem pessoas que realmente gostam ou não gostam, então experimentamos um pouco disso também.
iG: Como The Rock entrou no projeto? Depois de "Velozes e Furiosos 5" e "Viagem 2" ele tem ganhado a reputação de salvar franquias.
Lorenzo di Bonaventura: Espero que ele atraia bastante bilheteria. Na verdade, The Rock entrou um pouco tarde no projeto, mas foi um grande ganho para o filme e todos sentimos que tivemos muita sorte em contar com ele. Juntos, The Rock e Bruce Willis trouxeram uma perspectiva bem diferente do primeiro filme.
iG: Desde o início vocês vem falando que "G.I. Joe 2" seria menos fantasioso do que o primeiro.
Lorenzo di Bonaventura: Diria que tentamos colocar um pouco mais os pés no chão. Queríamos que quando alguém levasse um soco, a plateia sentisse a mesma coisa. Mais testosterona, digamos.
iG: Olhando para seu currículo, só se vê grandes filmes de ação. Por quê?
Lorenzo di Bonaventura: Eu gosto deles (risos). E também porque em Hollywood, quando você se dá bem em alguma coisa, querem que você continue fazendo. Algumas pessoas acham isso chato, mas eu gosto desse gênero e consigo fazer coisas diferentes, como "1408" (2007), de horror psicológico. Agora estou filmando um thriller com Steven Soderbergh, "The Bitter Pill" (estrelado por Rooney Mara, de "Os Homens que Não Amavam as Mulheres"). Então, no fim das contas, me sinto um cara sortudo.
iG: Há algumas semanas você falou sobre o novo rumo de "Transformers". Já tem alguma história encaminhada?
Lorenzo di Bonaventura: Não. Michael (Bay, o diretor) está filmando outro projeto atualmente, que, aliás, ouvi dizer que está ficando ótimo (trata-se de "Pain and Gain", com The Rock e Mark Wahlberg. Quando ele terminar isso vamos nos focar de verdade. Ainda nem contratamos um roteirista.
iG: Como foi trabalhar com Rodrigo Santoro em "The Last Stand"?
Lorenzo di Bonaventura: Ele é fantástico, está muito bem no filme. É interessante: ele é tão bonito que as pessoas esquecem o quanto ele é bom ator. Rodrigo tem um papel muito bom, ele e Arnold estão em várias cenas juntos. É um personagem que cativa muito e pelo qual torcemos. Espero que no final todos sintam isso.
iG: "The Last Stand" marca a volta de Arnold Schwarzenegger ao cinema. Como o filme foi articulado?
Lorenzo di Bonaventura: Arnold, obviamente, é um cara muito esperto. Ele sentiu que não deveria fazer de cara um filme gigantesco porque percebeu que precisava reconquistar seu público. Foi muito inteligente. Arnold, de certa forma, queria voltar ao tipo de coisa com que começou a carreira, trabalhos mais preocupados com o desenvolvimento do personagem. "The Last Stand" se parece com eles, com muita ação, é claro. Uma das grandes mudanças que a plateia vai ver é que ele não está interpretando o herói invencível (risos), está mais velho. Acho que as pessoas vão se identificar com isso no início de 2013.
Fonte: Último Segundo - iG
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