A nova versão de "RoboCop", ficção policial que virou cult em 1987, deverá ser bem diferente agora sob a direção de José Padilha. Pelo menos foi o que o cineasta brasileiro revelou em uma entrevista concedida ao site "BleedingCool".
Padilha, que faz sua estreia em Hollywood, primeiro tratou de deixar claro que "RoboCop" não será como "Tropa de Elite" e portanto não fará uma crítica à corrupção policial. E, comparado à versão original de Paul Verhoeven, o filme de Padilha vai colocar em discussão a ética - no caso, a de "um homem que é transformado em um produto por uma corporação".
Vamos lembrar que a história girava em torno de um policial que, após ser alvejado por uma centena de tiros, acaba sendo transformado em um robô meio-humano e meio-máquina. Tinha um quê de herói, mas a história também chegava a um momento em que a parte humana do policial-robô começava a ter lembranças de sua vida.
Não se sabe se Padilha vai desenvolver esse ponto da trama - ele prepara o roteiro ao lado de Josh Zetumer. Mas os questionamentos feitos pelo diretor deixam pistas sobre aquilo que poderemos ver: "Podemos considerar um robô culpado por um crime? Ou a culpa é da corporação que construiu o robô?"; e ainda "Como contra-atacar as máquinas quando você não tem máquinas?" As respostas ainda devem demorar. As filmagens de "RoboCop" só devem começar a partir de fevereiro ou março de 2012.
Fonte: CBN Express - Cinema
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