Novo filme de Clint Eastwood não atinge o alvo em sua incursão pelo misticismo
Chico Xavier, Nosso Lar e Bezerra de Menezes foram filmes nacionais que abordaram com sucesso o tema do espiritismo. Agora, chega às telas Além da Vida, produção americana dirigida pelo premiadíssimo Clint Eastwood, que, em um primeiro momento, pretende vasculhar as fronteiras da vida e da morte. O espectador, no entanto, deve ficar atento para não se frustrar. O título e o trailer anunciam o mergulho nos mistérios do além, mas nas telas o assunto é tratado com muito pudor.
Na história, três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um medium que se comunica com os mortos e que agora quer abandonar o seu dom. Marie (Cécile De France) é uma jornalista francesa que quase morre em um tsunami e vive uma experiência mística que muda a sua vida. Em Londres, o menino Marcus (George McLaren) perde o irmão e não se conforma com seu sofrimento.
Para contar o caminho de cada personagem, Clint faz uso dos recursos que fizeram dele um dos melhores diretores de drama da atualidade. Entre eles está a direção de atores e o uso das pausas e do silêncio. Com exceção da sequência inicial – a recriação fantástica do tsunami da Indonésia -, todo o filme é narrado com grandes closes em sequências que desafiam a tendência atual de cortes quase esquisofrênicos. A ambientação dos personagens em seus respectivos países (Inglaterra, EUA e França) é muito bem feita, a ponto de pensarmos que cada uma delas foi feita por um diretor diferente.
Mas os elogios param por aí. Além da vida é um filme minimalista e com um ritmo um tanto quanto arrastado. Mas o principal defeito do filme está na incapacidade de Clint Eastwood explorar com eficiência um tema com tantas possibilidades. A perda, a saudade, o rencontro ficam em segundo plano frente à solidão. Na verdade, é essa a ideia central: a dificuldade das pessoas se comunicarem. A questão é que o roteiro não mergulhou nem mesmo em sua proposta. Os personagens não atingem a superação e o gosto que fica é de frustração. A preferência por abordar as angustias dos vivos no lugar de suas relações com os mortos, faz do título quase um estelionato para quem foi em busca de emoções, digamos, metafísicas.
Fonte: Central RetrôTV
Chico Xavier, Nosso Lar e Bezerra de Menezes foram filmes nacionais que abordaram com sucesso o tema do espiritismo. Agora, chega às telas Além da Vida, produção americana dirigida pelo premiadíssimo Clint Eastwood, que, em um primeiro momento, pretende vasculhar as fronteiras da vida e da morte. O espectador, no entanto, deve ficar atento para não se frustrar. O título e o trailer anunciam o mergulho nos mistérios do além, mas nas telas o assunto é tratado com muito pudor.
Na história, três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um medium que se comunica com os mortos e que agora quer abandonar o seu dom. Marie (Cécile De France) é uma jornalista francesa que quase morre em um tsunami e vive uma experiência mística que muda a sua vida. Em Londres, o menino Marcus (George McLaren) perde o irmão e não se conforma com seu sofrimento.
Para contar o caminho de cada personagem, Clint faz uso dos recursos que fizeram dele um dos melhores diretores de drama da atualidade. Entre eles está a direção de atores e o uso das pausas e do silêncio. Com exceção da sequência inicial – a recriação fantástica do tsunami da Indonésia -, todo o filme é narrado com grandes closes em sequências que desafiam a tendência atual de cortes quase esquisofrênicos. A ambientação dos personagens em seus respectivos países (Inglaterra, EUA e França) é muito bem feita, a ponto de pensarmos que cada uma delas foi feita por um diretor diferente.
Mas os elogios param por aí. Além da vida é um filme minimalista e com um ritmo um tanto quanto arrastado. Mas o principal defeito do filme está na incapacidade de Clint Eastwood explorar com eficiência um tema com tantas possibilidades. A perda, a saudade, o rencontro ficam em segundo plano frente à solidão. Na verdade, é essa a ideia central: a dificuldade das pessoas se comunicarem. A questão é que o roteiro não mergulhou nem mesmo em sua proposta. Os personagens não atingem a superação e o gosto que fica é de frustração. A preferência por abordar as angustias dos vivos no lugar de suas relações com os mortos, faz do título quase um estelionato para quem foi em busca de emoções, digamos, metafísicas.
Fonte: Central RetrôTV
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